quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Flores comestíveis - 1ª Parte

Flores comestíveis - 1ª Parte

“São rosas senhor, são rosas!”. Terá assim, de acordo com a lenda, respondido a rainha Dona Isabel ao rei D. Dinis quando, certo dia, foi apanhada com o regaço carregado de pães para distribuir aos mais pobres. Acrescenta a história que Dona Isabel ao revelar o conteúdo do regaço terão brotado rosas do interior, ao invés dos pães. O evento, que ficou conhecido como o “milagre das rosas”, livrou a rainha de embaraços e descansou o rei. Dona Isabel trocava o alimento para o corpo, escasso naqueles tempos de crise, pelas flores, alimento para os olhos.

Fosse hoje e, provavelmente, a soberana não se livraria de empecilhos. Flores comestíveis não são um milagre e rosas, begónias, Acácia, anis, camomila, dália, gerânio, jacinto, jasmim, magnólia, margarida, malva, papoila, tulipa, violeta, entre muitas outras espécies tidas normalmente como ornamentais, garantem o seu lugar à mesa, como ingrediente para inúmeras confecções culinárias. Em Portugal, a inclusão de flores em confecções culinárias tem pouca tradição, quando comparado com países como a França, Itália ou o Japão.
O interesse que estas flores suscitam actualmente no nosso país é visto mais como um fenómeno de moda, porque visualmente atraente e “exótico”, do que propriamente como algo que veio para ficar.

A produção é, ainda, escassa, e muito canalizada para a restauração. A oferta comercial restringe-se a algumas superfícies e, opinião partilhada, por diversos especialistas em cozinha, as flores são mais um elemento de composição visual no prato, do que propriamente um elemento de sabor. Seja como for, elas ai estão; flores provocando a cozinha mais tradicional, prontas a novas experiências gastronómicas.

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